O reajuste contratual é um mecanismo que busca preservar o equilíbrio econômico das relações estabelecidas entre as partes, especialmente diante dos efeitos da inflação. Ao longo do tempo, a inflação reduz o poder de compra e impacta os valores inicialmente acordados, tornando necessária uma atualização periódica para evitar a desvalorização desses montantes. Assim, o reajuste visa adaptar os valores ao cenário econômico, promovendo condições mais justas e viáveis para a continuidade do contrato.

Principais índices utilizados no reajuste contratual

No Brasil, diferentes índices podem ser utilizados como referência para medir a inflação e ajustar os valores contratuais. Abaixo, destacamos os mais utilizados:

IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)

O IPCA, calculado pelo IBGE, reflete a variação de preços ao consumidor final e é considerado o indicador oficial de inflação pelo Banco Central. Ele é amplamente empregado em contratos que buscam acompanhar a inflação ao consumo popular, como prestações de serviços e locações.

IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado)

Desenvolvido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o IGP-M é amplamente utilizado em contratos de aluguel e serviços. Ele mede uma visão mais abrangente da economia, incluindo variações nos custos de materiais, transporte, alimentação e mão de obra.

INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor)

Também calculado pelo IBGE, o INPC é voltado para medir a variação de preços de bens e serviços consumidos por famílias de menor poder aquisitivo. Esse índice é frequentemente aplicado em contratos trabalhistas e benefícios, pois reflete o custo de vida de segmentos de renda mais baixa.

Como escolher o índice adequado?

A escolha do índice de reajuste deve ser compatível com o tipo de contrato e o contexto econômico ao qual ele está vinculado. Veja algumas das aplicações mais comuns:

  • Contratos de locação de imóveis: O IGP-M e o IPCA são opções populares, pois abrangem diferentes aspectos da variação econômica de maneira equilibrada.
  • Prestação de serviços e mão de obra: O IPCA é uma escolha frequente, especialmente para contratos de longo prazo, por acompanhar a inflação ao consumo popular.
  • Acordos trabalhistas e benefícios: O INPC é amplamente adotado, considerando seu alinhamento com os custos de vida de famílias com menor poder aquisitivo.

Por que prever o reajuste no contrato?

Inserir uma cláusula de reajuste no contrato é uma medida preventiva que permite a adaptação dos valores às condições econômicas, reduzindo o impacto de eventuais oscilações inflacionárias. Além disso, a definição clara do índice e da periodicidade do reajuste pode evitar conflitos entre as partes e contribuir para a manutenção da relação contratual em termos ajustados à realidade.

Caso tenha dúvidas ou precise de orientação para elaborar ou revisar cláusulas contratuais relacionadas ao reajuste, entre em contato conosco. Nossa equipe está disponível para oferecer esclarecimentos e suporte, sempre em conformidade com a legislação aplicável.